ÉBÓ KÁSIPÁLÀRÁ
CAMARINHA DE SACUDIMENTO
O TSU-Templo Sagrado de Umbanda vai realizar nos dias 22 a 24 de Fevereiro de 2013 a CAMARINHA DE SACUDIMENTO, que tem como objetivo a Limpeza Espiritual e de Desobsessão, para uma Nova Reconfiguração Energética para Entrada de Novas e Positivas Energias de acordo com a Tradição Religiosa Yorubá (Religião Afro).
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Asè
Aboru, Aboye, Abosise
O céu de repente anuviou
E o vento agitou as ondas do mar
E o que o temporal levou
Foi tudo que deu pra guardar
Só Deus sabe o quanto se labutou
Custou mas depois veio a bonança
E agora é hora de agradecer
Pois quando tudo se perdeu
E a sorte desapareceu
Abaixo de Deus só ficou você
Quando a gira girou, ninguém suportou
Só você ficou, não me abandonou
Quando o vento parou e a água baixou
Eu tive a certeza do seu amor
Quando tudo parece que estar perdido
É nessa hora que você vê
Quem é parceiro, quem é bom amigo
Quem tá contigo quem é de correr
A sua mão me tirou do abismo
O seu axé evitou o meu fim
Me ensinou o que é companheirismo
E também a gostar de quem gosta de mim
Quando a gira girou, ninguém suportou...
Na hora que a gente menos espera
No fim do túnel aparece uma luz
A luz de uma amizade sincera
Para ajudar carregar nossa cruz
Foi Deus quem pôs você no meu caminho
Na hora certa pra me socorrer
Eu não teria chegado sozinho
A lugar nenhum se não fosse você
Quando a gira girou, ninguém suportou...
A minha posição, em relação à religião, era de pensar que a mensagem contida nelas estava completa.
Foi assim, durante anos. Mais recentemente, e ao refletir sobre o assunto, percebi que não era assim, por várias razões.
Em primeiro lugar, pelo facto incontestável de saber que Deus é Vida.
Ora, assim sendo, toda a vida envolve Comunicação. E, em toda a comunicação entre seres vivos, deduz-se que haja evolução.
Ninguém fala sempre do mesmo assunto. As conversas evoluem, abrem-se, aprofundam-se… pelo menos, as sérias.
As novas tecnologias abrem-nos um novo mundo de comunicação, entre religiosos e o público, e este imenso mundo de interação abre a Umbanda para uma nova evolução.
Assim sendo, e para mim, as conversas com o Céu também evoluem.
Nós, meros seres humanos, não podemos ter a pretensão de nada. O Céu, para mim, é sinónimo de infinito. Talvez porque Deus é infinito.
A Umbanda para mim não é, nem nunca será uma Religião cristalizada, e sim Infinita, com uma base doutrinária muito forte e consistente, mas com Evolução Espiritual e de Comunicação.
Aquilo que me apercebo actualmente na nossa querida Umbanda, é que neste momento se está a proceder a uma evolução da sua forma de crescer e de evoluir, e principalmente uma grande evolução comunicacional. E, esta evolução atinge directamente todos os que procuram na Umbanda a sua evolução espiritual.
Com o actual desenvolvimento comunicativo que a Umbanda teve em Portugal, a posição de muitos portugueses é igual à que aconteceu há dois mil anos atrás – desconfiança. Esta, pelo que já foi dito atrás, não tem razão de existir, se mantivermos o nosso espírito receptivo e acreditarmos que a verdade não está só na nossa mente, mas também no nosso coração/intuição, ou o que lhe queiram chamar.
Mas, como tudo o que envolve o ser humano, há que ter cuidado…
Sabemos que há por aí muita falsidade, com que faz que muitas pessoas tenham receio de conhecer a Umbanda, pois ela é lhes apresentada como um monte folclore e de ritualística bastante complexa, para que sempre exista algo inatingível e secreto, mas a minha opnião é que a Umbanda há muito tempo, já se tornou Ecumênica (um conjunto religioso diverso e plural), mas parece que a soberba e o dogmatismo de ser ou estar acima do outro, de deter a verdadeira verdade ou de se deixar acreditar que se tem a verdadeira verdade, está destruindo uma esperança de união.
Se não entendermos as modificações acontecidas na Umbanda ao longo destes 103 anos (essas transformações, essa evolução), nunca conseguiremos nos ver como um todo, nos respeitar como um todo, nos aceitar como parte desse todo que mudou e evoluiu: plural e diversificado.
Se o próprio Cristianismo se modificou se transformou, se ramificou em diversas crenças, em várias religiões Cristãs diferentes, porque seria diferente com a Umbanda?
A Umbanda é uma religião ecumênica, diversa e plural. E só iremos alcançar uma união de fato e de direito quando todos nós nos sentirmos como membros dessa diversidade e dessa pluralidade; num ecumenismo sem fronteiras para a espiritualidade.
Um contexto religioso onde não há Papas, Potestades com a única e verdadeira verdade, onde não há uma única doutrina codificada, mas diversas doutrinas irmãs e correlatas dentro de princípios básicos de Amor ao próximo, Paz, Harmonia, Evolução e Fraternidade.
É assim que vejo a Umbanda no seu todo e espero que um dia nos possamos unir despindo-nos do fantasma do dogmatismo, da exclusão e do preconceito.
Este texto é escrito por
, e representa para mim uma verdade incontronável, para uma das realidades actuais nas Religiões Afro-brasileiras.
LEIA COM ATENÇÃO
No nosso privilegiado Brasil, com sua natureza exuberante,e um povo acolhedor somos capazes de receber pessoas de vários países e com praticas religiosas diferentes,sendo assim, é muito comum, pessoas mudarem de religião depois de adultas, começarem a praticar outra crença por curiosidade,ou até mesmo influenciadas por alguns amigos ou familiares.
É exatamente nesse momento dessa busca,que os maiores erros são cometidos.
E, em um primeiro contato com a religião dos Orisas tudo é muito bonito.
A “Religião Afro Brasileira”,é belíssima com suas cores e seus sabores e com seus ritmos;a pessoa se encanta com o conjunto mas, muitas vezes desconhece algumas coisas importantes, exemplo:uma consulta implica em um ebó naturalmente,quem não quer fazer ebó que não consulte.
Feito o jogo de búzios, começa sua caminhada,que na maioria das vezes, podem o levar,não ao encontro e sim ao desencontro,isso vai depender da seriedade e do conhecimento do sacerdote.
Aquele que deveria ser o seu maior achado,o encontro com a sua “Religião”,e o seu orisá,pode virar um grande problema.
O primeiro erro acontece por pressa de quem faz o jogo na tentativa de impressionar e segurar o futuro filho em sua casa.
Quantos de vocês, na primeira vez, que foram consultar o jogo lhes foi dito que o orisá deve ser feito ,e, você iniciado?
Isso explica tudo que estou tentando descrever aqui.
Eu acredito que a maioria saiu com a certeza que deveria ser feita para determinado orisá,após a primeira consulta.
O que podemos concluir de tudo isso?
Depois de uma vida inteira,de buscas pela sua religião,aquela capaz de suprir, o vazio do nosso intimo, vem a descoberta de um mundo de magias,que já vem coroado,com o orisá do seu ori,tudo em muitas vezes revelado em minutos, como mágica.
Não é difícil de imaginar o porquê,dos desencontros,depois de todo esse achado,a pessoa vai buscar tudo sobre o seu orisá,e ela vai se transformando,para “incorporar”,aquele que seria o seu tudo.
Então,quando dá tempo,para a preparação,porque muitas vezes,essa pessoa mal tem tempo de assimilar,o que é orisá,ele é feito em seu ori.
Será que vocês concordam com isso?
No decorrer do tempo,alguns problemas vão se tornando maiores,o que antes era uma solução,acaba sendo o maior problema,a pessoa se vincula a uma religião que não conhece e com pessoas muitas vezes despreparadas.
Vários fatores podem contribuir para essa seqüência de erros, mas os mais comuns são a pressa e a desinformação.
Essa é a razão porque insisto na melhor preparação de nossos representantes, de nossos sacerdotes, todos esses problemas podem ser identificados antecipadamente por um sacerdote com um real conhecimento, evitando assim sofrimento e desilusão.
Fonte: http://gilmarofunoyeku.blogspot.com/2011/05/descoberta-do-orisa.html
Sempre que falamos em experiência religiosa do Homem perante o mundo, estamos, no fundo, a falar da experiência do sagrado. Ou seja, de uma divisão do mundo em dois níveis: o sagrado e o profano.
Estamos a falar de uma divisão artificial, obviamente, que só se passa na cabeça das pessoas.
O domínio do sagrado será sempre aquele que se refere à divindade (em muitos e diferentes sentidos) e ao Homem enquanto espírito, ao intemporal, ao perfeito e superior; o profano estará sempre associado ao que se refere ao Homem enquanto corpo, ao mundano (que se refere ao mundo terrestre), ao percepcionável pelos sentidos e razão humana e ao imperfeito.
O sagrado está sempre associado a sinais, rituais, que o Homem reconhece como manifestações de Deus; o Homem tem que respeitar (ou até venerar) o sagrado, aí está protegido.
Relativamente á Umbanda, a Verdade é revelada pelas Entidades e pelos Orixás, que com as suas diferentes energias, e graus de Sabedoria nos transmitem verdadeiros ensinamentos para encontrarmos realmente o Sagrado na nossa vida do dia a dia, e conseguirmos andar com mais facilidade no caminho da nossa vida, que por vezes se mostra cheio de pedras e cinzento, e outras vezes se apresenta liso, harmonioso e colorido.
É desta forma, que se levanta a questão da fé e da razão:
Se acredito, Se tenho fé, então estas verdades são infalíveis e indiscutíveis porque me são reveladas por um Ser infinitamente superior ; se procuro racionalizar ou pensar racionalmente nos conteúdos das transmissões que as Entidades nos indicam como caminho , então chego muitas vezes a contradições que não posso resolver.
A fé é uma crença absoluta na existência de determinado facto, é uma convicção íntima, é a primeira das virtudes teologais, graças à qual acreditamos nas verdades reveladas por Olorum (Deus).
Muitos filósofos medievais, como S. Tomás de Aquino, tentaram conciliar o domínio da fé e da razão. Ao interpretar os enunciados bíblicos, racionalmente deveríamos chegar a Deus, provar a sua existência e a Verdade da sua palavra;
todavia, esta via racional encontra inúmeros obstáculos.
Assim, muitos autores partilham da opinião que só pela fé nos encontramos com Deus, ou seja, temos
que acreditar. Curiosamente, não temos conhecimento de sociedade humana que não atribua o domínio sagrado a alguma coisa; todas têm lugares sagrados, épocas sagradas, rituais, acções, etc.
Apesar de alguns filósofos defenderem a dessacralização do mundo e da modernidade estar associada a uma negação do sagrado através da ciência (veio explicar racionalmente coisas que eram atribuídas a Deus e consideradas sagradas), esta noção de sagrado não deixa de existir, pois aproxima o Homem da sua ideia de Deus e torna-o mais digno, mais "importante".