É mais ou menos assim, quando se fala em renovação, (e a nossa cultura tem até um ritual de renovação todo dia 1 de janeiro), bem, quando se fala em renovação está intrínseco fazermos uma releitura das situações em nossa vida que nos provocaram marcas, dores, ou conflitos diversos.
Todos nós temos uma missão na vida e este é o nosso foco existencial, mas é preciso nos sensibilizarmos para captarmos qual a nossa missão na vida. Podemos, por exemplo, confundirmos nossa verdadeira missão com distrações aqui e ali no caminho da nossa vida, coisas que aparentemente nos dão a sensação de realização mas que, na verdade, nos deixam estacionados em nossa zona de conforto. Nestes casos, um dia, mais cedo ou mais tarde, nossa zona de conforto pode se acabar (como no vídeo Quem mexeu no meu Queijo - em que os duendes se acomodaram com sua montanha de queijo e nem perceberam quando ela acabou, aí eles ficaram desamparados de uma hora para a outra...).
Uma boa meta de vida pode ser, por exemplo,em cada momento fazermos o nosso melhor, o mais positivo que pudermos. Fazermos o nosso melhor para nós mesmos em consonância com o universo.
As dores e derrotas do passado nos servem para acumularmos conhecimento sobre como agirmos cada vez mais em confluência com nossa proposta de vida.
Por exemplo, quando uma criança pequena coloca o dedo na tomada, ela pode ver faíscas e se assustar, e então aprenderá que não se deve tocar na tomada.
Quando a gente se precipita nas relações humanas, e isso nos gera decepções, por exemplo, podemos aprender que precipitar-se daquela forma é um grande risco e que os ganhos não cobrem os custos daquele tipo de relação.
Desta forma vamos ficando mais equilibrados internamente e também com relação aos que estão a nossa volta.
Uma dose de coragem é preciso para irmos em direção ao novo, para deixarmos as nossas zonas de conforto, os nossos ganhos secundários, e irmos em direção ao novo de modo consciente, com discernimento, com equilíbrio e maturidade.
Nós construímos a nossa vida a cada instante, a cada escolha que fazemos, inclusive, em termos de que sentimentos vamos ter em relação às situações de nossa vida.
Mudar é evoluir, aprimorar é mudar, melhorar, crescer, e nós, seres humanos, não somos rígidos, somos maleáveis, flexíveis, capazes de aprendizado.
Julgar é inútil por que o erro faz parte da vida. O que podemos é aprender com os erros, nos tornarmos mais cuidadosos, mais maduros e responsáveis.
Aquele que responde a uma situação de forma madura é responsável. Podemos lançar um olhar mais objetivo para as situações da vida, menos dramático, e desta forma conquistamos maior discernimento e entendimento.
Todos nós temos pontos fortes e pontos fracos, identificarmo-nos com nossos pontos fortes nos potencializa a acreditar em nosso próprio potencial para transformarmos nossos pontos fracos. Isto é renovar-se.