O Templo Sagrado de Umbanda, além dos habituais rituais de "Caboclos", "Pretos-Velhos", e outras entidades do ritual de Umbanda, abertos ao publico e realizados todas as 5ªs feiras pelas 20h, realiza agora uma "Gira de Ciganos" no Sábado dia 27 de Fevereiro pelas 15h, estando também previstos outros a anunciar em data futura.
Este ritual, também aberto ao publico em geral, é um ritual onde entidades espirituais ciganas incorporam nos médiuns, e sempre com a sua alegria, paz e sabedoria, atendem com carinho quem os consulta.
Informações: telf. 21 210 54 67 ou 91 89 89 500
O Povo Cigano na Umbanda
Uma característica marcante do povo cigano é a liberdade, em relação às nacionalidades, aos padrões sociais e aos preconceitos que escravizam.
Os ciganos são poeticamente denominados “Filhos do Vento”, por sua liberdade, fluida mobilidade e errância, sempre ao sabor do vento, percorrendo os quatro cantos do mundo em sua mágica trajetória. Profundos conhecedores dos caminhos, em sua saga milenar vêm recolhendo conhecimentos iniciáticos de todas as culturas e tradições.
Outra característica marcante é o seu conhecimento magístico e curandeiro, principalmente nos campos da saúde e do amor.
É lendária a vidência de seus magos e sacerdotisas, que utilizam o elemento espelho, para refletir o Tempo, a memória ancestral, os conhecimentos, a arte da cura e dom da vidência. Por meio das cartas ou outros suportes materiais como bolas de cristal, estrelas do mar e simples copos de água, o futuro, o presente e o passado desdobram-se no vórtex temporal de suas visões.
Na Umbanda, a presença de ciganos tem sido cada vez mais constante, e em muitos terreiros, eles próprios já pedem para que seus médiuns trabalhem com a roupa branca, e ou outras cores claras, evitando sempre o preto que representa para eles a tristeza, e tenham apenas os seus elementos magísticos, como lenços, baralhos, espelhos, adagas, anéis, colares e outros.
Nos dias de suas festas, podem ser utilizados os violinos, a cítara, a viola, os pandeiros e outros instrumentos característicos.
Na Linha dos Ciganos encontramos espíritos que tiveram encarnações como ciganos e também espíritos que foram atraídos para essa linha por afinidade com a magia cigana.
Por isso, os ciganos na Umbanda não têm obrigatoriamente que falar espanhol ou romanês, ler cartas ou fazer advinhações. Há os espíritos ciganos que fazem isso porque já o faziam quando encarnados e outros não. Além disso, tiveram suas encarnações em variados paises, como os do Oriente, Europeus, Hispânicos, etc.
O “povo cigano" tem suas cerimônias próprias e tem seus rituais coletivos adaptados à Umbanda e suas sessões são muito apreciadas e muito concorridas, pois seus trabalhos estão voltados para as necessidades mais terrenas dos consulentes. É uma linha espiritual em franca expansão e temos até linhas de esquerda “ciganas”, tais como a do Senhor Exu Cigano e da Senhora Pomba-Gira Cigana, muito procurados pelos consulentes quando se manifestam nas sessões de trabalhos espirituais.” (Saraceni, Rubens – Umbanda Sagrada – Madras Ed.)
É uma linha espiritual especial, cujas entidades trabalham na irradiação dos diversos orixás, mas louvam sua padroeira, Santa Sara Kali-yê. Seus trabalhos também podem ser sustentados por Pai Ogum, ordenador dos caminhos – e por Pai Xangô (que rege a linha do Oriente) – o fogo, pois os ciganos sempre estão ao redor de suas fogueiras.
Na Umbanda, actuam como guias espirituais, de maneira extremamente respeitosa e sempre procuram mostrar o caráter fraterno do povo cigano, seu respeito com o alimento e a capacidade de repartir o pão.
Aceitam o ritual umbandista, como meio evolucionista, e retribuem com suas ricas orientações e com a alegria de seus cantos e de suas danças.
Assim como muitos grupos e massas coletivas são colocados em várias dimensões galácticas e destinados ao encarne, dentro de um critério divino de avaliação e evolução, a exemplo de Capela e outros, os Espíritos Ciganos que hoje levam esse nome e que foram trazidos para reencarne em massa em nosso planeta Terra de outra galáxia, imigrando por designação divina de outras dimensões planetárias, carregam consigo a sabedoria, os costumes e o conhecimento. Por milênios vêm reencarnando e seguindo a ordem natural da evolução, conseguindo através dos tempos conquistar seu próprio espaço entre os demais, produzindo e conseguindo seus próprios gráficos universais de força no Plano Espiritual.
Acreditamos que, em razão também da união que os abençoa, acabaram por socorrer seus próprios pares que agrupando-se em plena evolução, se tornaram uma das mais prestigiadas correntes de trabalho no Plano Espiritual, motivo pelo qual, a par de seus já concebidos conhecimentos e magística, ocupam hoje o lugar de destaque nesta dimensão astral, bem como se justifica, a cada passo, ao longo do tempo, a trajetória admirável que vêm travando junto às Falanges da Umbanda Sagrada e toda Espiritualidade, explicando-se dessa maneira a importância do trabalho que vêm desenvolvendo neste plano. Carregam a denominação de Corrente Cigana, tanto quanto as outras tantas correntes de trabalho que conhecemos, com uma tendência natural de torna-se cada vez mais conhecida.
Carregam as Falanges Ciganas, juntamente com as Falanges Orientais, uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um segmento, e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.
Assim, numerosas Correntes Ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles Espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem e aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor conhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo Astral seu paradeiro, como ocorre em todas outras correntes do Espaço.
O Povo Cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alcançado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de Espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.
É importante que se esclareça que a vinculação vibratória e de Axé dos Espíritos Ciganos tem relação estreita com as cores utilizadas no culto e também com os incensos. Para o Cigano de trabalho, se possível, deve ser mantido um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultuá-lo no altar normal. Esse altar deve manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferência do Cigano em um suporte de alumínio. É importante fazer-lhe oferendas periódicas e mantê-lo iluminado sempre com vela branca e outra da cor referida. No caso das Ciganas, apenas alterar a bebida para licor doce. Sempre que possível, deve-se derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias para depois limpa-la.
Os Espíritos Ciganos gostam muito de festas, e todas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo-se encher uma jarra de vinho tinto com um pouco de mel. As saias das Ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas e medalhas são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos Ciganos em geral.
Muitas vezes se formam no Espaço agrupamentos de Espíritos que conviveram em um mesmo clã e percorrem a caminhada da luz e dos trabalhos de caridade juntos, engrossando fileiras nas Correntes Ciganas. As Consagrações Ciganas devem ter sempre comidas nos ritual próprio, isto é, no Ritual Cigano.