Sempre que falamos do Código de Conduta a ser seguido pelos Iniciados... mas e os sacerdotes? Espero que gostem deste texto.
Dentro da cultura de Ancestral, além dos diversos elementos englobados, encontramos o fator religioso presente.
O culto a ancestral, diferentemente do que muitos insistem em afirmar, não se constitui uma seita. Como qualquer outra religião, reúne um grande número de leis éticas, morais e liturgias que respeitam nossas raízes ancestrais.
Deus é o mesmo em todas as religiões monoteístas. Nós somos integrantes de uma religião monoteísta. Apenas o que muda é o nome que usamos para designar Deus... não o seu amor.
Na nossa religião também temos os sacerdotes. Muito se fala sempre sobre as orientações aos Iyawòs e demais iniciados... jamais se fala sobre as obrigações e responsabilidades dos sacerdotes.
Inicialmente cumpre salientar que não são todas as pessoas que possuem em seu destino o caminho para o sacerdócio. Alguns princípios devem ser observados e rigidamente seguidos.
1. Um sacerdote jamais deve enganar o seu próximo, ensinando um conhecimento que não possui. Jamais devemos falar sobre o que não conhecemos ou passar ensinamentos incorretos.
2. Um sacerdote deve saber distinguir atos e objetos profanos de atos e objetos sagrados. Para realizar um ritual é preciso que a pessoa esteja investido do sacerdócio e que possua conhecimentos básicos para realizá-los.
Considerar que todos, indiscriminadamente, tenham essa investidura para ser um sacerdote, não passa de uma mera manipulação de interesses, principalmente financeiros.
Um sacerdote deve ser dotado de atributos éticos, intelectuais, processuais, morais e de bom caráter... Um ser desprovido destes atributos básicos e essenciais jamais será um legítimo e legitimado sacerdote e essa inobservância é que gera diuturnamente muitos maus sacerdotes, que se proliferam em nossa religião.
3. Um sacerdote não deve dar maus conselhos e orientações erradas. É inaceitável que um sacerdote use seu poder e conhecimento religioso em proveito próprio ou para induzir um seguidor a cometer erros.
4. Um sacerdote não deve fazer uso de recursos falsos, fazendo uso de elementos religiosos sem validade. Um sacerdote precisa, acima de tudo, de Responsabilidade.
5. Um sacerdote não pode praticar liturgias para o qual não foi ativado através do processo de iniciação, ou cuja prática é desconhecida. É a aplicação prática da famosa frase: Somente se pode dar aquilo que se tem.
6. Um sacerdote deve identificar o tempo pessoal e espiritual de cada seguidor para somente então avançar na transmissão de conhecimento.
7. Um sacerdote não deve ostentar seu conhecimento com o intuito de humilhar ou confundir. Pelo contrário, deve respeitar quem sabe menos . Uma das missões mais importantes do sacerdote é orientar e ensinar
8. Respeito é um dos pilares da religião. E para exigir respeito, é preciso respeitar primeiro. O verdadeiro sacerdote respeita todos aqueles que também lhe respeitam.
É preciso lembrar sempre que a fé não deve ser pautada no medo.
A fé deve encontrar seu alicerce no respeito.
Porque no final das contas, o verdadeiro sacerdote deseja e espera apenas que seus seguidores tenham amor pela cultura na qual adentraram pelas suas mãos!
“O poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso – é aquilo que propriamente se chama de bom senso ou razão – é naturalmente igual em todos os homens.”
Descartes
Você já deve ter pensado: “Será que sou carismático?”
Por que algumas pessoas são mais carismáticas do que outras?
Você já pensou, por exemplo, o que é carisma?
Você realmente sabe o significado do termo carisma?
Vamos lá, vamos consultar o dicionário (qualquer um): Carisma = Dom do céu. Graça divina.
Os mais carismáticos, portanto, são os que usam o material que Deus deu.
Todos nascem com dons, só que algumas pessoas usam esses talentos pessoais com mais abundância do que outros.
O segredo do sucesso nas relações pessoais é isso: Você dá o seu melhor e recebe o melhor do outro.
Você dá seu sorriso, seu abraço, sua informação, seu respeito, sua atenção. O outro é seu espelho.
Colhemos nos outros o que plantamos.
Se um agricultor plantar quiabos, certamente colherá quiabos.
Um outro planta nabos e a colheita é de nabos.
Se eu estou feliz, meus filhos estão felizes.
Se estou zangada, todos ficam imediatamente zangados.
Se estou de bem com a vida, semeio coisas positivas e animadas ao meu redor.
Se tudo o que faço para os outros, é o que outros fazem para mim, a pessoa carismática é aquela que sempre dá o melhor de si, o tempo todo, e portanto todos gostam dela o tempo todo.
Ser comunicativo, portanto, é usar todo o material que já temos, dentro de nós mesmos. E quanto mais nos usamos, mais nos gostamos, mais gostamos dos outros e principalmente mais gostamos de nos relacionar com os outros.
Ser carismático não é difícil.
É só usar o material que já temos dentro de nós.
Certos ditados populares contêm uma sabedoria verdadeiramente imortal, quando nos advertem sobre as relações surpreendentes entre o que é ilusão e o que é realidade:
“O essencial é invisível aos olhos.”
“As aparências enganam.”
“O hábito não faz o monge.”
“Quem vê cara não vê coração.”
Apesar de todos os avisos e conselhos nesse sentido, é normal que muitos se deixem levar pelas aparências. Afinal, como explica outro ditado popular, “o que os olhos não vêem, o coração não sente”. As pessoas necessitam do apoio da visão externa. Há muitos São Tomés modernos exigindo ver para crer, e quando eles vêem algo, acreditam naquilo, mesmo que a visão seja falsa e enganosa e os leve a um beco sem saída.
Cecília Meireles escreveu:
Os teus ouvidos estão enganados.
E os teus olhos.
E as tuas mãos.
E a tua boca anda mentindo
Enganada pelos teus sentidos.
Faz silêncio no teu corpo.
E escuta-te.
Há uma verdade silenciosa dentro de ti.
A verdade sem palavras.
Que procuras inutilmente,
Há tanto tempo (...)
A dificuldade de distinguir mitos de verdades deve-se também ao fato de que, em certas ocasiões, a verdade não é agradável.
O ditado popular afirma que o pior cego é aquele que não quer ver, mas o ditado ignora o fato de que quase sempre há um motivo forte para manter os olhos fechados. A aceitação da realidade pode derrubar e destruir as ilusões mais agradáveis.
A ilusão é como uma couraça protetora. A verdade torna o indivíduo interiormente forte, mas externamente vulnerável. Com ela, o ser humano é forçado a deixar de lado situações sobre as quais antes comodamente enganava a si mesmo – e aos outros. Assim, o cego mais astucioso é aquele que prefere não ver, e uma boa parte das pessoas está nesse caso. É como se o indivíduo pensasse: “é melhor não saber de certas coisas”. Todo conhecimento direto implica uma responsabilidade e um perigo. Às vezes o indivíduo foge do perigo − e da sua verdadeira força interior − buscando refúgio na falsa segurança do não-saber.
Há ainda outro aspecto no processo de produção de brumas e ilusões. É mais fácil seguir as velhas trilhas do pensamento conhecido, das ações repetidas, dos pontos de vista estabelecidos. Muita gente vê a vida como algo imóvel, ou como algo cujo movimento é sempre o mesmo e não admite inovações. E há inúmeros cidadãos que querem que seja assim. Apenas gostariam de trocar alguns poucos fatos isolados, para que suas ambições pessoais se tornassem realidade.
Quase tudo o que é rotina parece real. O que rompe a rotina parece irreal e até inaceitável. O caminho estreito e íngreme de que fala Jesus no Novo Testamento (Mateus, 7: 13-14) consiste em ir contra a correnteza e olhar os fatos colocando a verdade acima das outras considerações. Esse caminho precário força o ser humano a pensar, e nele os tombos e os tropeços são inevitáveis. A roupa fica rasgada. A sola dos sapatos fura. O futuro é incerto, e o caminhante é visitado pelo medo e pela incerteza ; mas sua alma cresce, e nem as corporações multinacionais, com todo o seu inquestionável poder tecnológico, puderam inventar até hoje algo tão importante quanto o simples crescimento da alma.
É verdade que a caminhada do autoconhecimento não se dá em terreno asfaltado, sob o aplauso constante das pessoas mais queridas do peregrino, enquanto ele avança feliz entre seus admiradores. O caminho é íngreme. Ele é percorrido solitariamente em uma paisagem complexa, em meio a luzes e sombras, sons e silêncios, orientações verdadeiras e falsas indicações. A chave da vitória do peregrino está, sobretudo na sua capacidade de aprender com as derrotas.
A espiritualidade não existe afastada da vida. O que há no mundo externo, há também no mundo da busca espiritual. Existem espertalhões que mentem no âmbito das relações sociais e econômicas, e outros tantos “espertos” geram mitos no universo da busca espiritual. Os indivíduos honestos são a maioria em ambas as dimensões da vida; mas eles devem viver com os olhos abertos e com os ouvidos atentos, porque a vigilância é um preço a pagar pelo progresso, em todos os aspectos da caminhada.
O grau de honestidade de qualquer indivíduo em relação aos outros é uma decorrência do seu nível de honestidade com si mesmo. Quem engana os outros engana a si. E quem engana a si mesmo não tem motivos − nem meios ou instrumentos − para ser sincero com os outros.
Por isso, um dos primeiros passos de toda caminhada espiritual é a decisão de ser honesto com sua própria consciência interior.
A jornada em busca do conhecimento sagrado é uma obra de alquimia em que você troca o tempo potencial de sua vida física por experiência acumulada e sabedoria. Você transmuta tempo, e energia, em conhecimento. O tempo que lhe é dado viver e a energia vital correspondente a cada uma das suas faixas etárias são recursos naturais. Mais do que isso: são recursos naturais não-renováveis − pelo menos do ponto de vista da sua atual encarnação. Para o alquimista espiritual, o tempo e a vitalidade são as matérias-primas do seu trabalho, e não podem ser desperdiçados. Para evitar o mau uso desta matéria-prima, uma coisa é indispensável: o discernimento. É ele que permite identificar o que é mito e o que é verdade, o que é folclore e o que é fato, o que é jogo de cena e o que é lei eterna.
Deste modo o indivíduo evita jogar fora o tempo de vida que lhe pertence. É certo que haverá outras encarnações no futuro: mas a qualidade do ponto de partida que lhe será dado nelas dependerá de saber aproveitar as oportunidades de agora. (...)
Carlos Cardoso Aveline
Fonte: http://www.vislumbresdaoutramargem.com
O que as pessoas buscam: Solução para conflitos pessoais e familiares.
Esta Pesquisa revela motivos que levam a assistência a fazer consultas com as Entidades da Umbanda.
Cerca de 28% dos freqüentadores do Terreiro do TPM buscam consultas no terreiro procurando alento e solução para problemas pessoas e conflitos familiares, revela pesquisa do DEPPAM – Departamento de Estudo e Pesquisas de Fenômenos Mediúnicos Pai Maneco – efetuada durante o ano de 2011. Apontados como principais motivadores de consultas, os conflitos pessoais e familiares vem seguidos, em segundo e terceiro lugar, por dificuldades relacionadas à saúde (19%) e questões de ordem profissional (19%).
Já as consultas relacionadas a questões afetivas, busca por namorados (11%) e problemas financeiros (9%) tiveram um número de atendimentos muito menor e se encontram em um segundo plano de percentagens; sendo que problemas com drogas (3%), demanda (3%) e obsessão (2%) ficam em terceiro plano, contando como motivadores para um menor número de consultas.
Além destas informações, a pesquisa, cujos dados foram coletados pelos cambonos de todas as giras, trouxe outros dados importantes, revelando que principais dificuldades apresentadas são recorrentes nas mais variadas linhas de trabalho. Da gira de preto velho à gira de Kimbanda, houve pouca variação nos temas consultados no período – sendo que o principal deles apresentou os maiores números de consulta em todas as linhas.
Variantes e temas
Durante o período de pesquisa, houve o total de 1.433 consultas em todo o Terreiro – e estes atendimentos revelaram cerca de 1.992 situações diferentes.
Os conflitos pessoais e familiares foram topo da lista de atendimentos, das giras de preto às de Quimbanda, somando impressionantes percentuais: 48% das consultas na gira de Quimbanda de 24/11; 34% da gira de preto velho de 09/11; e 31,3% na gira de caboclo de 09/11.
Saúde foi o segundo tema mais consultado nas giras de caboclo e preto velho, seguidos por dificuldades no trabalho. As percentagens mais significativas para tais motivadores nas giras de preto foram nos dias 07 e 12/11, com 26,1% de consultas sobre saúde; e 16, 13%, em 12/11. Já no caso dos caboclos, os ápices foram saúde, em 25/11, com 29,5%; e dificuldades no trabalho, com 22,7% das consultas em 21/11.
Nas giras de Kimbanda, a ordem de problemas motivadores para consultas tem pequena alteração, trazendo dificuldades no trabalho como o segundo tema mais apresentado, com 30,7% em 09/11; seguido de relacionamentos afetivos busca de namorado, com o alto índice de 40,5% em 24/11; e problemas financeiros, cujo ponto mais alto (22,7%) se deu em 18/11.
*Os dados utilizados para escrever este texto são fruto de trabalho do DEPPAM – Departamento de Estudo e Pesquisas de Fenômenos Mediúnicos Pai Maneco – durante o ano de 2011. A pesquisa foi dividida em três semanas de coleta de informações em todas as giras do TPM, e foi respondida pelos Cambones que acompanhavam os médiuns de consulta.
Observação:
VEJA BEM A SUA RESPONSABILIDADE COMO CAMBONO DE UMA ENTIDADE.
NÃO QUEIRA SER MAIOR QUE DAVID, NEM MENOR QUE GOLIAS.....
SEJA MÉDIUM......(NÃO QUEIIRA ser grande)......SÓ ISSO LHE É PEDIDO....
ALÉM DISSO, CAMBONO É UMA FUNÇÃO...NÃO UM PODER.....DE JULGAR NEM DE ACHAR....!
Para quem gosta de andar a colocar Pontos na Net.....por falta de TATO (Juizo)......e como Justificativa de IGNORÂNCIA que apesar da Vida lher ter dado uma (1) CHANCE........Aqui vai um Ponto que lhe vai dar alento para PENSAR DUAS VEZES:
As almas dão, As almas dá (bis)
TOMA CUIDADO
Que as almas podem tirar (bis2)
Fonte primodial TPM
Adaptação TSU