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Quarta-feira, 22 de Junho de 2011

“ODU È O DNA ESPIRITUAL DE UMA PESSOA”

Jornal Questões Negras

Um jornal a serviço da comunidade negra Ano I – nº 9 – Março/Abril/2011 – Rio de Janeiro
Entrevista do antropólogo FERNANDEZ PORTUGAL FILHO

 

“ODU È O DNA ESPIRITUAL DE UMA PESSOA”

O antropólogo FERNANDEZ PORTUGAL FILHO, 59 anos, há 30 como sacerdote de religião afro de matriz africana, é autor de mais 12 livros sobre religião e culturas negras. Este ano, Portugal está lançando mais uma obra: “IFÁ: O SENHOR DO DESTINO, pela Editora Madras, de São Paulo, onde discorre sobre a importância do sistema de Ifá, processo advinhatório dos yorubás da Nigéria que é empregado para previsão do destino e usado como oráculo dos homens na terra. Professor de Antropologia das Religiões Afrobrasileiras, em Havana, na Faculdade de Filosofia e História, Portugal também dá aulas na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ele é reverenciado em alguns países africanos como um original seguidor das tradições religiosas negras que se incorporaram ao inconsciente brasileiro. Portugal aceitou a falar com o QUESTÕES Negras a respeito de sua nova obra. Veja trechos de sua entrevista.

 

QUESTÕES NEGRAS – Em geral, os adeptos da religião afro se referem a Ifá e Orunmila como um mesmo deus. Este fato está correcto ou são personalidades míticas diferentes no panteão yorubás?

PORTUGAL – Segundo as crenças e práticas dos yorùbá, o Deus da Adivinhação, o olho que tudo vê, é Orunmila, cuja tradução mais aproximada é: “Somente os céus saberá quem irá salvar-se”. Esta frase, de grande sentido, e conteúdo esotérico, não é fatalista, como alguns depreendem como somente algumas pessoas poderão salvar-se, o sentido real descodificado é aquelas que têm conhecimento terão mais chances de viver melhor, portanto a frase não anuncia nenhuma catástrofe. A palavra Ifá para os Yorùbá e Fá para os ewe fon é a expressão popular que explica o sistema oracular como um todo, ou seja, Orunmila é o Deus da adivinhação e Ifá o sistema que compreende toda a parafernália.

 

QN – Pelo o que sabemos através da tradição do jogo com Ifá ou Orunmila, na cultura yorùbá, a manipulação deste jogo é restrito às mulheres, somente dado ao masculino, o babalawó. Mas existem mulheres que jogam búzios. Comente esta situação.

PORTUGAL – Bem, são duas coisas diferentes, o sistema oracular Ifá, em sua origem através, dos ikin e opelé dentro da tradição yorùbá, é privativo dos homens, um outro sistema oracular mais simplificado conhecido popularmente como jogo de búzios, tem acesso, homens e mulheres, ainda um outro que trata da adivinhação através do Obi, pouco conhecido no Brasil, também participam homens e mulheres. Porém, o sistema de jogo de búzios comportam homens e mulheres.

 

QN – Quais as condições para uma pessoa – homem ou mulher – ser iniciado no culto do jogo de Ifá?

PORTUGAL – Através de um Bàbálawo diante de Orunmila, uma pessoa, homem ou mulher poderá ser iniciado no culto a Orunmila na condição de Omo Ifá, dentro da tradição Yorùbá, ou awofakan dentro da tradição Afrocubana, é através de uma iniciação de três dias que a pessoa se tornará um devoto de Orunmila, se for mulher será Apetebi, fun Orunmila, se for homem será Omo Ifá, em ambas as situações receberá a primeira mão de Ifá. No caso do homem pode sair um signo Ifá, em que haja recomendação para que seja Bàbálawo mas ai é outra história.

 

QN – O que é um odu e qual sua importância para o jogo e para o consulente?

PORTUGAL – A expressão odu, encerra vários significados, um deles não dos mais precisos é destino. O odu é, na verdade, um presságio, uma segura fonte precisa de informações ancestrais, que se perde em tempos imemoriais, e que através do conhecimento dos sábios da tradição yorùbá, codificaram e instrumentalizaram distintos conhecimentos, os mais abrangentes, sempre tendo o humano como foco principal. O odu é o DNA espiritual de uma pessoa, nasce e morre com ela, portanto intransferível. Como presságio o odu, explica, justifica, embasa e sugere soluções para um problema, seja ele de que natureza for. É seu propósito principal o auto conhecimento.

 

QN – O sistema de Ifá/Olundumaré, pelo o que seu livro deduz, é complexíssimo, envolvendo natureza e as reacções humanas. Você acredita que existam sacerdotes capazes de entender estas dimensões através de uma ética no jogo e na relação cultural com o mundo?

PORTUGAL – O sistema em si é por demais complexo, não há dúvida. Não basta apenas estudar, isto é importante, mas a experiencia pessoal, a vivência, sensibilidade, inteligência e pratica constante levarão o sacerdote pouco a pouco ao sucesso nas interpretações. Este processo é o mais cognitivo/emocional do que intelectual. O uso de fármacos naturais, um procedimento moral e ético compatíveis com a austeridade do sacerdote são factores imprescindíveis. Aumentando certamente as chances de conhecimento e interacção com o mundo e suas relações.

 

QN – Como o leitor pode ler seu livro? Ou seja, de que forma o leitor pode entrar neste mundo dos cultos yorubás através de sua obra?

PORTUGAL – Em primeiro lugar, não é um livro para se ler e deixa-lo na estante, ele é sobretudo um livro de consulta. Proponho que o leitor através de busca fidedigna procure leituras de Ifá, anteriores à minha, inteirando-se dos mesmos até que chegue ao meu livro, num estado mais aprofundado. Uma ampla bibliografia de apoio, levará o leitor a descobrir novos caminhos.

 

QN – Como você demonstrou, você tem um amplo conhecimento bibliográfico/prático de Ifá. Você não se sente muito poderoso com isso, não? Já abusou de seu poder?

PORTUGAL – Uma ocasião na Nigéria eu tive o privilégio de estar muitas vezes com o Bàbálawo Ifá Bunmi, e numa dessas ocasiões lhe fiz a seguinte pergunta:

- Bàbá, o senhor conhece Ifá?

Rapidamente ele respondeu.

- Não, eu sou reconhecido por Ifá.

Esta resposta enigmática traduz em muito a grandeza desta cultura, ou seja, um homem com mais de 89 anos achava que ainda não conhecia Ifá, mas, sim era por ele reconhecido. Por isso, não me sinto poderoso, mas, sim revestido dos poderes Orunmila, e isso já é suficiente. Eu posso perguntar a qualquer pessoa se ela pode subir numa rede de alta tensão, ele rapidamente, vai dizer que não, e eu vou retrucar, dizendo que sim, que se preparada for poderá faze-lo. Um bom preparo psicológico, e uma consciência das funções e perigos sempre nos alertam, e nos trazem a realidade, evitando, portanto dissabores, somente um estúpido/curioso vencido pela ganância e pela vaidade será arrastado pelo lado da cobiça.

 

QN – O que é “destino” na cultura yorùbá e na cultura ocidental?

PORTUGAL – Para os yorùbá, a destinação previamente conhecida, nos primeiros momentos de vida, estão contidos no seu signo Ifá, com revelações que vão ajuda-lo a viver com inteligência superando desafios, armazenando forças, realizando e entendendo os designos divinos, entendo a vida como um todo, em relação, não algo isolado, preparando-se para as alegrias e vicissitudes que o viver em relação proporciona. Na cultura ocidental e grande maioria das pessoas, não têm controle sobre a vida, os acontecimentos são adeptos diários do samba do Zeca Pagodinho “Deixa a vida levar”, ou seja, estão ao sabor da sorte, geralmente de acontecimentos nefastos, vivem a mercê dos acontecimentos sempre entregando “ao lá de cima” tem os sentidos embotados, e têm procedimentos robóticos é a turma do “ a vida é mesmo assim” não tem controle sobre seus atos, são consequências e não origem, não sabem o principio o meio e o fim de tudo. É este comportamento caótico, que tem levado muitas pessoas a frequentes fracassos quando ele não é causa é somente efeito.

 

QN – Porque as comidas e o sacrifício de animais têm importância na cultura yorùbá?

PORTUGAL – Em primeiro lugar, é importante que se entenda o que é sacrifício. Para muitos é sofrer. É comum ouvir-se “ A vida é mesmo assim”. Para os yorùbá, a palavra sacrifício é o “sacro ofício”, ou seja, a constante troca de distintas energias entre o Orun (mundo invisível) e o Aye (mundo concreto) e esta relação de troca, eu disse troca, oferenda não é barganha, que tonifica os corpos, intermédia relações, aprofunda a intimidade com os Òrìsà, e aplaca sentimentos diversos, através da contemplação, participação compartilhando sempre e interagindo com o Universo. Também em outras culturas, sobretudo asiáticas, nós vamos encontrar a entrega sistemática de comidas e bebidas e não é através delas que estamos juntos e vivos.

 

QN – Você pode dizer qual é o seu próximo livro?

PORTUGAL – Tenho alguns projectos em andamento, para os próximos anos. Mas o mais próximo é “Vamos Falar Yorùbá?” uma gramática yorùbá-português com um cd, que dei a um ex-aluno já falecido a co autoria, e vou doar 50% dos rendimentos dos direitos autorais a sua família.

 

QN – Em sua opinião, porque os homens procuram sempre duas coisas, poder e saúde?

PORTUGAL – A natureza humana é hedonista, portanto, o saudável direito à saúde e o poder são compatíveis, com nosso progresso em todos os sentidos, ambos se tornam negativos, quando são obsessivos, ou seja, o poder a todo custo e a saúde também, o problema é que sobre o nome da saúde a estética toma seu lugar, em detrimento da saúde.

 

In Questões Negras

Um jornal a serviço da comunidade negra Ano I – nº 9 – Março/Abril/2011 – Rio de Janeiro

publicado por Pai Pedro de Ogum às 21:13
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Domingo, 19 de Junho de 2011

Bàbálórísa Bàbálola Sángótólà em Portugal

Com a Benção de meu Pai Ògún Leke e Bàbá Olaitan , gostaria publicamente de agradecer em meu nome e de todos os filhos do TSU – Templo Sagrado de Umbanda a presença  de Bàbálórísa Bàbálola Sángótólà  do Égbé Awo Omo Ágànjú Olásibo Atì Bàbá Olójuegbé, por todo o trabalho espiritual realizado em prol do conhecimento da Cultura Afro Brasileira e da Cultura Yorubá.
Durante a sua estadia em Portugal foram realizados trabalhos de grande dimensão espiritual, assim como Palestras e Cursos, que aprofundaram os conhecimentos ritualísticos e sagrados a todos aqueles, que neles participaram.
Por isso gostaria de deixar aqui uma pequena frase que em pleno transmite a alegria e a honra de termos partilhado este momentos terrenos e espirituais

"Gratidão é uma sensação tão agradável...Cresce onde as sementes são lançadas e florescem sob o sol. De um coração caloroso e bom, a gratidão cresce mais quando é cuidada. Quase todos nós temos motivos para a gratidão, quando certas pessoas em nossas vidas têm tempo para partilhar e nos fazer saber pelos bons actos e pela honestidade que nós estamos em seus pensamentos”.

Babalorixá Pedro de Ògún

publicado por Pai Pedro de Ogum às 19:19
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Quinta-feira, 9 de Junho de 2011

O efeito multiplicador – energia e magia na Umbanda

A Umbanda é uma Religião de tamanha intensidade e vivência, em que sempre se encontram temas muito interessantes.
Esses temas nos trazem novas observações e nos mostram o quanto a Umbanda se está expandindo em conhecimento e entrega á grande finalidade, que é a de trazer conforto espiritual e uma melhor compreenção da nossa passagem pela vida encarnada.
Encontrei este texto, que explicita bem o quanto se torna necessária a existência de alguns grandes factores norteadores na direcção de um Terreiro.
Esses factores, são de suma importância para a grande base primordial na construção de uma Corrente Espiritual de Umbanda forte e bem preparada:

Ordem - Conhecimento - Alegria - Ética - Prática - Dedicação - Altruismo.

O artigo que vos trago hoje, mostra a experiência de um Babalorixá em seu pleno direito de reconhecimento da sua própria evolução espiritual e directiva, pois ao entender os outros, concerteza irá trazer novos desafios e novas benesses para a sua Comunidade Espiritual.

 

Leiam com atenção e parem um minuto para fazer uma pequena introspecção e avaliação.

Por mim, deixo uma frase deste texto, como um reconhecimento a todos os meus Filhos do Templo Sagrado de Umbanda, que sempre se nortearam e  primaram por este grandes factores:  Ordem - Conhecimento - Alegria -  Ética - Prática - Dedicação - Altruismo.

"..Agradeço a Deus e aos Orixás por termos uma corrente que entende sua função como corpo, como corrente em que cada elo é forte e ajuda o outro, e que mesmo diante de nossos erros, procuramos sempre melhorar e corrigir, com tranqüilidade e perseverança. "


 

Recentemente em visita a um outro terreiro de Umbanda, observei o efeito multiplicador dos atos praticados pelos médiuns em uma casa. Cheguei cedo, trinta minutos antes do início da gira, fiquei sentado em contemplação e observação.


Alguns médiuns já estavam na casa ajudando a arrumar o congá, recepcionando os visitantes e conversando entre si, mas sempre em voz baixa. Imediatamente as pessoas que chegavam ao terreiro abaixavam o tom de voz, iam sentando e conversavam com seus vizinhos de assistência em um volume muito baixo.


Logo depois iniciou-se um silêncio por parte dos médiuns, que estavam se concentrando, ou fazendo seus afazeres, mas em silêncio. Imediatamente a assistência diminuiu ainda mais o tom da conversa e mais, muitos ficaram em silêncio. O dirigente chega, e dá início aos trabalhos. A forma de condução era voltada para a introspecção e assim durante todo o trabalho a assistência observava a gira de forma muito silenciosa e com poucas conversas.


Mesmo quando os pontos eram entoados as pessoas o faziam de forma baixa, e assim quase ninguém da assistência ousava cantar. Depois de um certo tempo alguns médiuns sorriram para a assistência como se os convidassem a relaxarem, e muitos mudaram o ar de concentração para um ar mais relaxado, mais livre.


Quando alguns médiuns começaram a conversar, mesmo que de forma rápida, entre si, imediatamente a assistência também voltava a conversar. Quando as entidades chefes solicitavam a atenção e a força, todos os médiuns se voltavam para a entidade e exalavam sua fé, muitos dos presentes se comoviam, se emocionavam com esta reação.
Findado os trabalhos fui para a minha casa, e comecei a refletir sobre a gira, aprender com os trabalhos daquele terreiro, avaliar minhas práticas e meditar em como melhorar minha forma de conduzir as giras. Mas, entre um pensamento e outro me deparei com o efeito multiplicador da postura dos médiuns em um terreiro.


Assim passei a observar a nossa casa, como nos portamos e qual o efeito multiplicador de nossas atitudes. Em nossa casa por razões diversas estimulo as pessoas a conversarem a darem risada, a relaxarem a se sentiram em casa. Assim os médiuns quando chegam se abraçam e começam a conversar, imediatamente a assistência faz o mesmo, dão risadas conversam, e mesmo aqueles que estão indo pela primeira vez sentem este ar descontraído inicial e não se sentem constrangidos, pelo menos não aparentam isto.


Vou dar início aos trabalhos todos olham para o altar e então de mãos dadas iniciamos nossa gira cantando o hino da Umbanda. A assistência neste momento já se acomodou e as conversas quase que cessaram, todos se voltam para a gira em contemplação.


Quando conversamos sobre a Umbanda no início de cada trabalho, todos prestam atenção, todos querem absorver o conhecimento e assim a assistência também se concentra. Quando tocamos o atabaque e cantamos com devoção e dedicação, em nossa casa todos os médiuns cantam os pontos, concentramos nossas atenções para aquele Orixá, aquela parte do ritual percebo que muitos da assistência começam a cantar e outros ficam acompanhando o ritmo com as mãos, os pés ou a cabeça.
Abrimos para o passe, para a vibração, e todos se voltam para o altar e pedem em pensamento ajuda a todos os que ali estão, a assistência entra e sente este clima de oração e de ajuda. A seriedade e a dedicação contagiam os visitantes.


Mas da mesma forma que os aspectos positivos são contagiantes e multiplicadores, quando há displicência, conversas, desrespeito, muitos da assistência começam a perder o ar de contemplação alegre, e passam a desacreditar ou ao menos não sentir aquela união de força como sentiu anteriormente.
A postura do corpo mediúnico em uma casa é multiplicador dos estados emocionais da assistência, se todos nós percebêssemos este efeito tomaríamos muito mais cuidado com nossos atos e omissões durante, antes e depois da gira.


O corpo mediúnico unido e que segue o ritual de forma disciplinada, que acompanha o estilo de cada casa, já começa fazendo a magia da Umbanda antes mesmo da incorporação e da consulta. Seja em uma casa onde a introspecção e o silêncio são as formas, ou em uma casa em que a alegria e a disciplina em movimento são as regras, o importante é aderir ao tipo da casa de Umbanda, vestir a camisa, sentir a casa como sendo sua e se dedicar para que todos percebam como somos todos sacerdotes, discípulos em busca da fé e da caridade.


Saliento sempre que passo aos médiuns do nosso terreiro que a Umbanda é uma religião cujo ritual é exercido de forma coletiva, aqueles que compõem o corpo mediúnico são os sacerdotes, dirigidos e coordenados por um, mas todos são sacerdotes e como sacerdotes devemos ter a responsabilidade de multiplicar a paz, o amor e a fé. Quando permitimos que o desleixo a desatenção e o desrespeito se multipliquem, estamos indo contra o que pregamos.


Agradeço a Deus e aos Orixás por termos uma corrente que entende sua função como corpo, como corrente em que cada elo é forte e ajuda o outro, e que mesmo diante de nossos erros, procuramos sempre melhorar e corrigir, com tranqüilidade e perseverança. Espero que esta observação que pode ser óbvia para muitos possa fortalecer a nossa casa, e fortalecer todos os terreiros de Umbanda, pois quando nos dedicamos e amamos nosso sacerdócio, e o exercemos com responsabilidade e atenção, seguindo aquilo que acreditamos e fazendo da forma que entendemos mais correta, isto se multiplica, contagia a todos e faz a magia da Umbanda acontecer.

Saravá a todas as correntes de Umbanda, saravá todos os terreiros, saravá todos os médiuns.

 

Autor: Pai Caetano de Oxossi
Todos os direitos reservados
http://www.paitobias.com/index.php/indice-de-artigos/173-o-efeito-multiplicador-energia-e-magia-na-umbanda

publicado por Pai Pedro de Ogum às 18:49
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Quinta-feira, 2 de Junho de 2011

A descoberta do ORISÁ.

Orixás

Este texto é escrito por , e representa para mim uma verdade incontronável, para uma das realidades actuais nas Religiões Afro-brasileiras.



LEIA COM ATENÇÃO

 

 

No nosso privilegiado Brasil, com sua natureza exuberante,e um povo acolhedor somos  capazes de  receber pessoas de vários países e com  praticas religiosas diferentes,sendo assim, é muito comum, pessoas mudarem de religião depois de adultas, começarem a praticar outra  crença por curiosidade,ou até mesmo influenciadas por alguns amigos ou familiares.

 É exatamente nesse momento dessa busca,que os maiores erros são cometidos.

E, em um  primeiro contato com a religião dos Orisas tudo é muito bonito.

A “Religião Afro Brasileira”,é belíssima  com suas cores e seus sabores e com seus ritmos;a pessoa se encanta com o conjunto  mas, muitas vezes desconhece algumas coisas importantes, exemplo:uma consulta implica em um ebó naturalmente,quem não quer fazer  ebó que não consulte.

 Feito o jogo de búzios, começa sua caminhada,que na maioria das vezes, podem o levar,não ao encontro e sim ao desencontro,isso vai depender da seriedade e do conhecimento do sacerdote.

Aquele que deveria ser o seu maior achado,o encontro com a sua “Religião”,e o seu orisá,pode virar um grande problema.

O primeiro erro acontece por pressa de quem faz o jogo na tentativa de impressionar e segurar o futuro filho em sua casa.

Quantos de vocês, na primeira vez, que foram consultar o jogo lhes foi dito que o orisá deve ser feito ,e, você iniciado?

Isso explica tudo que estou tentando descrever aqui.

Eu acredito que a maioria saiu com a certeza que deveria ser feita para determinado orisá,após a primeira consulta.

O que podemos concluir de tudo isso?

Depois de uma vida inteira,de buscas pela sua religião,aquela capaz de suprir, o vazio do nosso intimo, vem a descoberta de um mundo de magias,que já vem coroado,com o orisá do seu ori,tudo em muitas vezes revelado em minutos, como mágica.

Não é difícil de imaginar o porquê,dos desencontros,depois de todo esse achado,a pessoa vai buscar tudo sobre o seu orisá,e ela vai se transformando,para “incorporar”,aquele que seria o seu tudo.

 Então,quando dá tempo,para a preparação,porque muitas vezes,essa pessoa mal tem tempo de assimilar,o que é orisá,ele é feito em seu ori.

Será que vocês concordam com isso?

No decorrer do tempo,alguns problemas vão se tornando maiores,o que antes era uma solução,acaba sendo o maior problema,a pessoa se vincula a uma religião que não conhece e com pessoas muitas vezes despreparadas.

Vários fatores podem contribuir para essa seqüência de erros, mas os mais comuns são a pressa e a desinformação.

Essa é a razão porque insisto na melhor preparação de nossos representantes, de nossos sacerdotes, todos esses problemas podem ser identificados antecipadamente por um sacerdote com um real conhecimento, evitando assim sofrimento e desilusão.



Fonte: http://gilmarofunoyeku.blogspot.com/2011/05/descoberta-do-orisa.html

sinto-me:
publicado por Pai Pedro de Ogum às 16:29
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