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Sábado, 29 de Maio de 2010

Angola X Ketu (algumas diferenças)


N A Ç Ã O   A N G O L A

(Parte 2)


Texto de Tata Kisaba Kavinajé*

Para tentarmos apontar qualquer diferença entre essas nações é necessário retrocedermos um pouquinho mais no tempo, a fim de que possamos encontrar o ponto considerado ideal - o marco - capaz de permitir-nos o estabelecimento de um histórico destinado à identificação de tais diferenças, vez que, com o passar dos tempos as misturas de ritos e costumes foram naturalmente acontecendo. Essa mistura - hoje comumente conhecida por milonga - chegou a tal ponto que obrigou as Casas mais tradicionais a se fecharem, ocultando ainda mais os seus fundamentos. Outras, menos presas, ao tradicionalismo, acabaram assimilando terminologias próprias dos iorubanos que chegaram ao Brasil no período de declínio da escravidão.

A história comprova que o movimento escravagista trouxe ao Brasil, primeiramente, os povos bantu originários de Angola e do Congo. Estes falavam inúmeros dialetos, mas os que predominavam entre eles eram o Kimbundu - Angola e o Kikongo - Congo. Convém destacar que, por serem países fronteiriços, o uso desses dialetos já era comum para ambos, na própria região, passando a ser ainda mais misturado aqui no Brasil em razão da convivência durante as suas permanências nas senzalas.

Segundo Barcellos, em sua obra sobre As cantigas de Angola, 1998:19, a sobrevivência dos costumes e rituais religiosos só foi possível graças a um enorme esforço de seu povo, que, mesmo humilhado e vilipendiado, conseguiu levantar a notória bandeira branca de KITEMBU - patriarca dos angolas ou angoleiros - mantendo viva a nação para que nós, Munzangala Kitembu (filhos do tempo), possamos preservá-la.

Mas, ainda assim, o processamento de qualquer comparação entre as nações angola e ketu é, no mínimo, temeroso. Não há dúvidas sobre a diferença de tradições. De comum, diz Barcellos, "ambas têm apenas a crença e o ritmo".

Vejamos alguns pontos que são substanciais e ao mesmo tempo incomuns entre ambas:

1) é tradição dos povos ketu tocar os atabaques usando varetas denominadas akidavi ou lakdavi. Na nação angola isto é praticado com as próprias mãos;

2) na nação ketu é comum desenvolver o xirê dos orixás, cantando numa ordem pre-determinada. Os angoleiros, por sua vez, mantém uma ordem, muito embora não tenha que ser necessariamente a mesma utilizada pelos ketu, e o toque executado é o Jamberessu - ritual específico de invocação dos Minkisi.

3) o ritual fúnebre iorubano é conhecido por axexê, mas, tanto quanto no angola, é secreto e nada tem em igualdade com o Ntambi dos angolanos.

Mas, sem sombra de dúvidas, são extremamente coesos em seus propósitos. Diz, Barcellos: "são rituais muito diferenciados, profundamente sérios e de raríssima beleza plástica, embora sejam lúgubres, pois a morte, muito temida pelos povos animistas, ou seja, por aqueles que crêem que a natureza tenha vida e vontade próprias, é encarada como a passagem para um mundo mais evoluído, ou seja, o mundo dos Minkisi ou Orixás".

4) as cores dos Orixás e Minkisi guardam grandes semelhanças, posto que ambos atuam sobre as forças da natureza, o que equivale dizer que esta é essencialmente a responsável por tal similaridade.

Mas, alguns autores e dentre estes cito o próprio Barcellos, afirmam que a verdadeira diferença talvez esteja na questão étnica e na da origem religiosa. O império iorubano foi criado por Oduduwa, na Nigéria, fronteira com o Daomé, hoje República do Benin e aos poucos foi incorporando determinadas divindades, como por exemplo, a do orixá Nanã.

Outro aspecto notadamente próprio aos iorubanos é a vinculação do culto ao orixá a uma determinada região. Exemplo, Oxogbó/Oxum; Oyó/Xangô; Irê e Hondo/Ogum; Irá/Iansã, etc.

Ao contrário dos iorubanos, os bantu cultuavam seus Minkisi de acordo com a ocasião e seus reinos, impérios e países foram fundados ao longo do trecho compreendendo norte/nordeste até o sul da África. Os bantu foram os verdadeiros fundadores do Congo, Angola e Namíbia, entre outros.

Portanto, mesmo diante da visível e discutível tendência à unificação desses cultos no Brasil, quanto mais se estuda e busca o resgate das verdadeiras raízes, chega-se à conclusão de que todos guardam fundamentos, tradições, sabedoria, próprios dos seus povos e que, certamente, muito se perdeu ou foi mantido em segredo absoluto ao longo dos tempos.

(*) Espedito Azevedo é filósofo, especialista em Administração Legislativa e Gerenciamento de Projetos. Iniciado por Jiboin d'Nzambi é hoje Tata Kisaba do Terreiro Tumbalê Junçara, dirigido por Tata Talamonakô.
Texto retirado de http://www.ritosdeangola.com.br/page.php?28
publicado por Pai Pedro de Ogum às 10:52
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Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

NAÇÃO ANGOLA - Kimbanda e Quibanda

Tenho recebido vários opniões sobre vários temas, que gostariam que eu realizasse algumas pesquisas de determinados temas.
Como a nossa história portuguesa está demasiado ligada á Africa, mais propriamente a Angola (País e Nação de Candomblé), resolvi realizar algumas pesquisas que poderão auxiliar ao um melhor conhecimento de determinadas raizes da Religião da Umbanda.

 

N A Ç Ã O   A N G O L A

(Parte 1)

 

KIMBANDA e QUIMBANDA

Escrito por Edmundo Pellizari

(Ras Adeagbo)

 

Kimbanda significa algo como "cu­ran­deiro" em kimbundu, um idioma bantu falado em Angola.

O kim­banda é uma espécie de xamã africano.

O ofício do kimbanda é chamado de "umban­da"... Todos já ouvimos essa palavra por aqui.

 

Quimbanda é um culto afro-brasileiro com forte influência bantu e muito influ­enciado pela magia negra européia.

 

Kimbanda e Quim­banda se confun­dem, mas são cultos distintos e com objetivos dife­rentes.

 

O kimbandeiro é um membro ativo de sua comunidade, um doutor dos po­bres e intérprete dos espíritos da Natureza. Ético, ele sempre trabalha para o bem, a paz e a har­monia.

O quimbandeiro é um feiticeiro. Nor­mal­mente vive afastado, não se envolve social­mente.

 

Na África, o kimbandeiro faz a ponte en­tre os Makungu (ancestrais divini­zados), os Minkizes (espíritos sagrados da Natureza) e os seres humanos.

Ele entra em transe profundo, incorpora os seres invisíveis que consultam os necessitados e os aconselham na resolução dos proble­mas. Os espíritos no corpo do kimbanda falam, fumam e bebem.

Como autêntico xamã, ele sabe que a mata é um ser vivo que respira, come e sen­te.

Ela é densamente habitada por diversos tipos de entidades, que trans­mitem seu conhecimento aos sacerdotes eleitos.

Alguns destes seres se parecem a "duendes".

Eles tem uma perna só, um olhos só ou falta algum braço.

Moram dentro da mata e podem cruzar o caminho de algum caçador.

 

Um Ponto Cantado para os exus na Umbanda, diz:

 

"Eu fui no mato, oh ganga!

Cortar cipó, oh ganga!

Eu vi um bicho, oh ganga!

De um olho só, oh ganga!"

 

Ganga vem de Nganga, um dos no­mes pelo qual o kim­banda é conhecido.

Nosso querido Saci Pererê é um de­les.

Ele usa o filá (gor­ro) vermelho dos kim­­bandas, o ca­chim­bo dos pretos velhos e o tabaco dos caboclos!

 

 

O quimbandeiro centra seu trabalho na figura de Exu, que é um Orixá yoruba e não um Nkizi bantu.

 

A entidade que se assemelha a Exu entre os bantu é chamada de Aluvaiá, Nkuvu-Unana, Jini, Chiruwi, Mangabagabana e Kitunusi dependendo do dialeto e da região.

Aluvaiá pode ser "homem" ou "mu­lher" e sua energia permeia tudo e todas as coisas.

Ele se adapta muito bem à noção umbandista de exu (entidade masculina) e pomba gira (entidade masculina).

 

O quimbandeiro também invoca e incorpora as entidades associadas ao culto do magnífico Orixá Exu, os exus e pombas giras.

Pode haver sincretismo com nomes como Lúcifer, Asmodeus, Behemoth, Bel­zebu e Astaroth da Cultura Européia.

 

A visão das entidades também pode mudar... O kimbandeiro invoca as almas dos antigos

Tatas (pais espirituais ou sa­cerdotes curandeiros) e Yayas (mães espi­rituais ou sacerdotisas curandeiras).

Estas almas transcenderam o limite da mate­rialidade e da ignorância.

Elas possuem bondade, conhecimento e luminosidade.

 

Algumas não precisam mais encarnar, pois, já evoluíram o suficiente neste mundo.

 

O quimbandeiro invoca almas de entidades que em vida foram feiticeiros, malandros, mercadores, homens ou mu­lheres comuns, etc...

Na África o sangue é um elemento sacrificial.

O kimbandeiro oferece um ani­mal a uma entidade, prepara a carne e entrega a primeira porção ao espírito.

O resto do animal, que se tornou agora ali­mento, é compartilhado com a comuni­dade se isto acontece em data festiva.

 

O quimbandeiro, não está interessado em "sacrificar" (tornar sagrado), ele está preocupado com os poderes mágicos do sangue, vísceras e couro do animal. Por­tanto, teologicamente falando, ele não sacrifica.

 

As imagens utilizadas no culto do kim­bandeiro são feitas de pedra, madeira e barro.

Os artesãos procuram modelar as entidades da Natureza de forma natural e simples.

A imagem é consagrada cerimo­nial­mente e uma porção do espírito da entidade passa a habitar a efígie.

 

Na Quimbanda, na maioria das vezes, são utilizadas imagens de gesso que re­presentam os espíritos aliados.

Comu­mente estas imagens tem aspecto aver­melhado, podendo ter chifres ou não.

 

O kimbandeiro é um agente social.

Ele depende da comunidade e a comu­nidade depende dele.

Quando aceita um pagamento para seu trabalho, ele retira do mesmo a sua sustentabilidade.

Todo mundo sabe e pactua com isso.

Não existe abuso.

Trocas de mercadorias e favores podem substituir o dinheiro como paga­mento.

As pessoas empobrecidas são aten­didas sem nada precisar dar em troca.

As vestes do xamã bantu são normais e naturais.

Quando está trabalhando usa filá, guias de sementes, cinturão com amuletos e roupas sóbrias.

Três são os pilares do kimbandeiro: amor, honra e caridade.

O universo da Kimbanda é composto por tês mundos que se interpenetram:

o mundo celeste onde moram os espíritos celestiais e originais (alguns Minkizis e ancestrais divinizados), o mundo natural habitado pelos homens e pelos espíritos da natureza (elementais) e o mundo sub­terrâneo da morte e dos ancestrais.

 

O médium na Kimbanda é um canal entre os espíritos e os que precisam dos espíritos.

 

Ele é um instrumento mágico, um servidor da humanidade que pratica um transe profundo,

pois, somente ador­mecendo o ego o divino pode fluir.

Os espíritos utilizam o médium com gentileza e cuidado, sem esgotar suas reservas de energia psíquica.

 

A Umbanda, certamente, bebeu das águas tradicionais da Kimbanda.

Os negros bantus trouxeram sua herança espiritual, legítima, luminosa, ecológica e antiqüís­sima.

 

Oremos para que as antigas almas dos Tatas e Yayas nos ajudem a separar o trigo do joio.

 

Nzambi primeiro!

Nsala Malekun!

sinto-me:
publicado por Pai Pedro de Ogum às 13:52
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Quinta-feira, 13 de Maio de 2010

Mensagem a Oxalá

 

Depois de lançada a semente divina e as religiões afro-brasileiras prosperarem e se expandirem; depois de tantos terreiros e casas de culto terem sido criados, e tantos flhos terem sido iniciados nos vários cultos aos Orixás, e terem sido encaminhados para o caminho da luz que leva até ao Criador; depois de tanta gente ter encontrado ajuda nos rituais e consultas, com as várias entidades que servem e trabalham incansáveis nos terreiros, seguindo também assim o trilho da evolução; depois de tantos Babalorixás e Yalorixás terem sido consagrados, e divulgarem o nome dos Orixás e dos vários cultos além fronteiras, Zambi (o Criador) de tão contente que estava, quis saber realmente o que se passava dentro desses maravilhosos rituais, que usam a sua bandeira. Então pediu a Oxalá que encarrega-se Exu de escolher um dos muitos terreiros existentes, assistir aos seus rituais, e lhe transmitir na integra tudo o que se passava, para que através de Oxalá pudesse ser confirmada a veracidade da grandeza desses filhos de fé.

Então Exu, depois de receber o pedido de Oxalá, foi á procura de um terreiro, e sabe-se lá o porquê, escolheu determinado local, e com determinado dirigente que não é permitido divulgar. Ao chegar, entrou com facilidade no ritual, pois com surpresa sua, nem sequer qualquer tipo de segurança havia, tudo o que encontrou a rondar o terreiro eram apenas kiumbas que se faziam passar por todo o tipo de entidades, nada mais. Deparou-se então com o dirigente espiritual, que nem sequer ordem tinha para dirigir qualquer tipo de ritual, e sem qualquer critério agregava filhos para a sua casa, pois só lhe interessava os números e que a sua popularidade aumentasse. Viu também serem cobradas avultadas quantias pelos supostos trabalhos para ajudar os filhos da casa, e as pessoas que iam em busca de ajuda. Favores sexuais em troca, também eram comuns. Nessa casa habitava a promiscuidade e o incesto entre os filhos. Entidades de esquerda eram usadas para conseguir favores sexuais, estas que nem sequer Exu e Pombagira eram, mas sim kiumbas que se faziam passar por tal. Os filhos dessa casa não tinham amor nem ás entidades, nem aos Orixás, tinham antes interesse no que poderiam obter através deles. O respeito pelo sagrado ritual, pelos Orixás, e pelo Criador, havia-se perdido totalmente, ficando apenas em troca, todos os mais variados tipos de vicios.

Exu nem queria acreditar em tamanha desgraça, mas se ria imenso mesmo assim, e apesar da sua enorme tristeza interior, pois não tinha coragem de contar a Oxalá o que via, e ver seus olhos tristes e desiludidos.

Então Exu, partiu em busca de um outro terreiro, na esperança de poder levar melhores noticias a Oxalá. Encontrou um outro (que também não é permitido divulgar), e este sim, tinha um dirigente devidamente ordenado e consagrado pelos Orixás, com ordem para dirigir o ritual e seu terreiro. Mas, e apesar da disciplina imposta, do desejo de seguir as leis divinas, e do amor e carinho por Zambi, pelos Orixás, pelos seus guias e entidades que incorporavam em seu terreiro, muitos de seus filhos só procuravam obter e realizar os próprios desejos. Exu viu também que esses filhos, quando chegavam á conclusão que não era essa a finalidade da casa, e que não obtinham e satisfaziam rapidamente os seus interesses, estes se revoltavam contra o dirigente, saindo e abandonando o terreiro, aproveitando para despejar a sua raiva por tamanha frustração através da má lingua, inventando as mais variadas histórias e situações, de modo a rebaixar e maldizer o dirigente, a casa, e até os próprios irmãos de fé. E mais uma vez Exu ficou desiludido, e sem coragem para contar a Oxalá o que viu.

Decidiu então pedir ajuda aos outros Orixás, contando tudo o que viu, e explicando a sua difícil missão. Ogum, sendo aquele que talvez tenha menos paciência, foi o primeiro a se manifestar, e se revoltou por tamanha desordem e falta de disciplina. Xangô o seguiu, e com uma enorme força, bateu com seu machado no chão, revoltado com tantas injustiças. Iemanjá fez levantar a força dos mares. Iansã fez soprar os mais terríveis ventos. E todos, um a um, se mostraram tristes e revoltados. Todos eles estavam de acordo, que aquelas tristes noticias não poderiam chegar a Oxalá, pois nenhum deles queria ver derramadas no seu rosto, as lágrimas de sua tristeza. Combinaram então todos entre si, incluindo Exu e Pombagira, que iriam corrigir a situação, castigando dentro das leis divinas, os filhos ingratos e mal intencionados, os falsos e os irresponsáveis dirigentes espirituais, e em seguida fechar os seus templos e terreiros que não seguissem a verdadeira fé, verdade, justiça, e amor de Oxalá.

O tempo foi passando, e ainda hoje Oxalá espera pelo relatório de Exu, para poder dar as boas novas a Zambi...

 

Lisboa, 9 de Maio de 2010 © Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”

publicado por Pai Pedro de Ogum às 19:28
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Sábado, 8 de Maio de 2010

PAJÉ SAPAIM, O MENSAGEIRO DO TEMPO

O filme documentário acompanha a vida de Pajé Sapaim Kamayurá considerado um dos maiores pajés brasileiros. 

Iniciado na arte da cura xamânica quando menino, na aldeia Kamayurá no Alto Xingu (MT), o pajé ganhou repercussão nacional e internacional em 1986 quando foi convidado pelo presidente Sarney para curar o biólogo Augusto Ruschi - membro da academia brasileira de ciências - que havia sido envenado por um sapo de veneno letal. Com a fama o pajé é chamado para curar pacientes nas cidades de: Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro além de países como Estados Unidos, Suiça, Austrália e Marrocos. 

“O Mensageiro do tempo: Pajé Sapaim” é um filme sobre este riquíssimo diálogo de culturas e conhecimentos médicos trazendo informações históricas sobre o Parque Nacional do Xingu (MT) e sobre a arte de ser pajé.

publicado por Pai Pedro de Ogum às 18:26
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