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Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009

A Tristeza dos Orixás

 

Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas…

Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha escondido – se nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás.

Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu – se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram – se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso.

Iemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:

_ Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? _ ralhou Iemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.

_Desculpe, sabe, ando meio ocupado_ Respondeu um triste Ogum.

_Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste.

_É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãeinha”. Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “ espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles…Estou cansado…

Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda.

Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida.

Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna.

Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que utiliza – se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna – se uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas. Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual.

Isso magoava Ogum. Como magoava:

_ Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá – la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando – na em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição…

Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…

Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava – se por sua alfange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens.

Ele também deixou sua alfange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo via – se o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que irradia – se de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que perderam – se na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem disso…

Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Iemanjá suas armas e ferramentas simbólicas.

Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro.

Um a um, todos foram despindo – se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás.

Iemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada.

Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam – se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor!

E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Iemanjá. Despiram – se de tudo. Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Enúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando – o a figura do Diabo:

_Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! _ Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.

Iemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:

Espere!_ pensou Iemanjá!_ Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação.

E logo Iemanjá colocou – se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou – se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu – se de sua roupa sagrada, pra igualar – se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:

_ Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam – nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir…

Quando Oxalá calou – se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros juntariam – se nesse ideal. E aquilo alegrou – os tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram – se em amor e compaixão pela humanidade.

Em Aruanda, os caboclos, pretos – velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também despiram – se e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás.

Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem – aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam – se. O alto os abençoava…

Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.

Miríades de espíritos foram retirados do baixo – astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente.

Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou – se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.

Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem – se disso.

E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem – se das palavras de Oxalá ditas linhas acima.

Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não tem olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade.

Lembrem – se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem – los. Sejam luz, assim como Eles!

Exe ê o babá (Salve o Pai Oxalá)

Fernando Sepe

“A Tristeza dos Orixás” é de autoria de Fernando Sepe escrito para o Jornal de Umbanda Sagrada.
Foi publicado em duas ocasiões: Em sua íntegra, na edição nº 68 de Dezembro de 2005 (quando foi escrito), e editado, na edição nº 94 de Março de 2008.

 

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publicado por Pai Pedro de Ogum às 11:05
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Domingo, 25 de Outubro de 2009

Honestidade

Sermos honestos é um dom de Deus, algo que nasce em nós, mas que só nós podemos cultivar esse dom e fazê-lo permanecer em nós.

Infelizmente, muitas pessoas perdem-se nesta vida e esquecem o que é a Honestidade.. que é lamentável.

Na minha maneira de ver, é mais importante sermos honestos primeiramente connosco próprios e, depois, com os outros.

Por vezes, ao ser testemunha de certas situações, penso para mim, «como será possível haver pessoas que mentem sem nenhum esforço, como é possivel haver pessoas com este carácter fraco..»

Pois, mas a verdade é que elas existem, e andam por aí, quem sabe, algumas, entre nós.

Essas pessoas vivem uma vida de mentira, pois elas próprias acabam por acreditar nas suas próprias mentiras.. E pior, algumas delas não hesitam em mentir-nos.. sem nós nos apercebermos disso.

Muitas vezes «detectamos» um mentiroso à distância, mas tem outras vezes que só com o passar do tempo é que nos apercebemos que não são verdadeiras, tamanha é a prática de mentirem.

Acredito piamente, que uma pessoa desonesta sofre de perturbações mentais, das quais não consegue curar.. se calhar nem tentam, pois a sua vida, desonesta, talvez lhes dê mais frutos do que se fossem honestos.

Realidade é uma, e como se costuma dizer, a vida foi feita para os espertos.

Mas não pode ser somente assim.. a vida foi feita para todos.

Uns conseguem levá-la com mais facilidade, já outros vivem a sofrer para poderem ter uma vida honesta.

A sociedade dos nossos tempos só pensa no seu próprio bem.. os outros, bem, os outros que se desenrasquem…

Pensamento cruel de muita gente também cruel..

Mas, a verdade é que cada vez mais, cada um só pensa em si próprio, no seu próprio umbigo, e não se importa com os outros.. E, para conseguirem a sua auto-concretização e para a alcançarem, não olham a meios.. Acabam por levar assim, uma vida desonesta para conseguirem aquilo que querem.

Porém, algumas dessas pessoas acabam por conseguir o que querem e desejam, praticando uma vida plena de materialismos, mas vazia de dignidade e honestidade..

E se há coisa que o dinheiro nunca comprará, é a dignidade e a honestidade!!!

Sim, essa vida, desonesta, que levam é plena de despreocupações.. Mas que valor tem isso?

Nenhum.. zero!

A minha vida, tal como outros comuns, é cheia de preocupações, vitórias, falhanços, alegrias, tristezas, lágrimas, sorrisos… ou seja, tem os seus altos e baixo, mas não me importa, pois pelo menos vivo a minha vida com honestidade e louvando a minha dignidade.

Luto, sempre lutei para ter o que tenho hoje, e sei que vou lutar sempre, e sempre, apara conseguir o meu futuro, mas irei fazê-lo sempre com a minha força de menina que defende a sua dignidade..

Dignidade essa, que nada nem ninguem irá destruir ou ferir!

E no final, quando conseguir o que desejei e lutei, as coisas terão um valor que só eu sei, e um sabor que só eu puderei saborear.

Posso não ser famosa, não ser rica, não ser grande coisa, mas pelo menos sou honesta com toda e gente, como espero que sejam comigo.. Para mim isso é o mais importante que outras coisas materiais. É o que dá valor às pessoas..

E acredito no meu valor, pois sei praticar a honestidade sem problema algum!

Contudo, por vezes, sofro por ser honesta!

Sofro porque as pessoas estão habituadas a ver desonestidade em tudo, e depois não acreditam em palavras e actos honestos, tal é a habituação.

Realidade cruel!

Há quem acredite mais rapidamente numa mentira do que numa verdade, mas comigo as coisas não funcionam assim.. Sou honesta e luto, luto para provar o quanto sou honesta..

Não condeno as pessoas que às vezes demoram a acreditar na verdade.. Não condeno porque estão «viciadas» em acreditar em mentiras!

Não gosto de mentiras e faço de tudo para acreditarem na verdade, pois só ela é digna de credibilidade!

Quero viver uma vida verdadeira e por isso não deixo que a palavra «mentira» entre no meu vocabulário!

Quem me mente, é porque não têm caracter e dignidade, mas fica nas suas consciências.. Como não desejo mal a ninguem, até mesmo a quem mente, que sejam felizes, mas um dia, vão acordar e irão ver que a felicidade que vivem.. é uma plena mentira!

A honestidade é algo que faz bem, a nós próprios e a quem nos rodeia. E porque não sermos honestos uns para os outros para que a honestidade não caia no desuso.. Vale a pena pensar nisto!!!

 

Marta Costa – Blog Cais do Pensamento

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Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009

A Mentira

 

Artigo publicado na revista Sábado de 09/07/2004.    

 

Começando pelos falsos elogios - p.ex, essa saia fica-te mesmo bem -, passando pelas desculpas "esfarrapadas" - p.ex., não pude fazer os trabalhos de casa porque faltou a luz - ou pelas mentiras descaradas, chegam mesmo existir casos em que os pais, que parecem tão preocupados quando os filhos mentem, os incitam a mentir - p.ex. quando lhes pedem para dizer que eles não estão em casa.

A mentira pode surgir por várias razões: receio das consequências (quando tememos que a verdade traga consequência negativas), insegurança ou baixa de auto-estima (quando pretendemos fazer passar uma imagem de nós próprios melhor do que a que verdadeiramente acreditamos), por razões externas (quando o exterior nos pressiona ou por motivos de autoridade superior ou por co-acção), por ganhos e regalias (de acordo com a tragédia dos comuns, se mentir trás ganhos vale a pena mentir já que ficamos em vantagem em relação aos que dizem a verdade) ou por razões patológicas.

Na infância mentimos para nos isentarmos das culpas. Muitas vezes os adolescentes descobrem que a mentira pode ser aceite em certas ocasiões e até ilibá-los de responsabilidade e ajudar a sua aceitação pelos colegas.

Algumas crianças e adolescentes que geralmente agem de forma responsável, podem cair no vício de mentir repetidamente ao descobrir que as suas mentiras saciam a curiosidade dos pais.

Para alguns investigadores, as crianças aprendem a necessidade de mentir (p.ex. não demonstrar descontentamento com as prendas recebidas sob pena de não receberem mais) tão cedo quão mais inteligentes forem.

Face à sua frequência, existe uma certa tendência para banalizar ou até catalogar a mentira como positiva - a "mentira branca" é considerada como uma forma de facilitar a integração na sociedade, e muitas vezes os que não a utilizam são catalogados como ingénuos -, mas há que não esquecer que durante toda a história da humanidade a mentira causou muitos sofrimentos e fez derramar muitas lágrimas sobretudo quando projectada sob a forma de calúnia

Quando as crianças ou adolescentes mentem, os pais devem conseguir distinguir entre a realidade e a mentira e falar abertamente com eles sobre os aspectos pejorativo da mentira, e as vantagens que a verdade lhes trará. Em casa a criança deverá encontrar exemplos de verdade e honestidade que fomentem a sua atitude de sinceridade.

Durante os primeiros anos as crianças não distinguem a realidade da fantasia, mas cedo começam a utilizar a mentira por proveito próprio. Sensivelmente por volta dos 7 anos as crianças já têm capacidade para distinguir claramente o verdadeiro do falso, e os adolescentes passam a conseguir discernir com relativa facilidade quem está a mentir ou a ser sincero.

A mentira existe ao longo de toda a escala patológica. A saúde mental só é compatível com a verdade. De nada serve querer acreditar que o nosso familiar não faleceu quando na realidade isso não é a verdade, de nada serve acreditarmos que somos capazes voar se na realidade não temos asas.

Nos estados neuróticos, a mentira pode surgir com base numa incapacidade da consciência aceder a factos recalcados e que se encontram no nosso inconsciente, ou por problemas de auto-estima e auto-imagem que despoletam a necessidade de fazer passar uma auto-imagem melhor do que a que acreditamos ter.

Nos estados limite, a mentira aparece frequentemente devido à falta de barreiras externas que balizem o comportamento. Esta situação surge frequentemente em filhos de pais muito repressivos ou demasiadamente permissivos.

Nas psicoses, a mentira surge na forma de delírio, uma descrição que as próprias pessoas admitem como verdadeira, apesar do seu aspecto frequentemente bizarro, devido a uma quebra de contacto com a realidade

A mentira pode ainda surgir como uma dependência, quando dita de uma forma compulsiva. Os dependentes da mentira sabem que estão a mentir mas não se conseguem controlar, num processo que surge de uma forma muito semelhante ao do vício do jogo ou à dependência de álcool ou de drogas.

Esta incapacidade em controlar os impulsos é causadora de um sofrimento nítido razão pela qual deve ser alvo de tratamento. Nos dependentes da mentira, o primeiro passo a dar consiste em assumir que existe um problema e de seguida procurar ajuda para esse mesmo problema. A nível da abordagem terapêutica o tratamento passa geralmente pela realização de uma terapia psicológica.

Ao nível das provas psicológicas a mentira pode obviamente influenciar a validade dos resultados ou pela tendência do sujeito em simular um desempenho superior (faking good) ou inferior (faking bad) ao da realidade.

Por estas razões grande parte das provas psicológicas apresentam formas de controlar a veracidade das respostas quer a partir da própria atitude do sujeito a analisar quer mesmo através de índices de consistência interna, teste-reteste ou confrontação com familiares e amigos próximos. Entre estas formas de dissimulação revela-se frequentemente também averiguar até que ponto as simulações surge de forma consciente ou inconsciente relativamente ao sujeito.

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publicado por Pai Pedro de Ogum às 14:45
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Quarta-feira, 21 de Outubro de 2009

Ser Pai!

 

 

Ser Pai é mais que gerar vidas, é educar essas vidas geradas para a vida.
Ser Pai é saber e poder olhar a vida com olhos cheios de esperança e fé e poder ser sinal de esperança e fé aos seus filhos.
Ser Pai vai além de gerar vidas. Seu mistério se compreende quando o amor do Pai ultrapassa o gerar vidas e vai onde a vida e o viver se encontram.
Ser Pai é poder olhar para o céu e louvar ao Pai Supremo pelo bem, pelo ser filho e poder ter a graça de ser Pai.
Ser Pai é poder abrir caminhos aos seus filhos mesmo quando os espinhos ferem e doem na luta do dia a dia.
Ser Pai é poder sentar-se à mesa e repartir com seus filhos o pão de cada dia que Deus concede aos seus filhos.
Ser Pai é mais que uma glória, é uma virtude, é responsabilidade.
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publicado por Pai Pedro de Ogum às 16:29
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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009

Como nasce um Terreiro de Umbanda

Para explicar melhor este tema, vou contar uma breve história fictícia, mas que ocorre em muitas ocasiões.

Geralmente , o adepto de hoje da Umbanda é aquela pessoa que depois de passar por médicos, curandeiros, pastores, padres, advinhos, gurus e outros tantos, encontra alguém que lhe susurra ao ouvido:

- Eu conheço um Pai de Santo que vai resolver a sua vida.

Pacientemente, ele vai, com muita desconfiança, ao terreiro e ao chegar, encontra várias pessoas vestidas de branco e quase pensa que foi levado a um hospital, pois está diante de enfermeiros.

Passado um pouco, ele ouve os atabaques soarem e tem “inicio” uma cantoria” totalmente desconhecida para ele.

Depois de ouvir alguns cânticos, algumas pessoas vestidas de branco se ajoelham, batem no peito e soltam um grito longo e estridente; outras se abaixam como tivessem muita idade.

Nesse momento, ele está muito confuso e pensa que foi parar num manicómio. Sente uma vontade enorme de se ir embora, mas alguém o chama e resolve entrar.

Alguém lhe diz:

- Venha falar com o Preto Velho.

-Com quem? Pergunta ele, sem entender nada do que se passa á sua volta.

- Com o “Pai João”, -esclarece a pessoa vestida de branco.

Ele olha para a frente, e para os lados do terreiro, e fala:

Não vejo nenhum Preto Velho, - nem vai ver, reponde a pessoa de branco – ele está incorporado no “Pai Laurentino”, o chefe do terreiro.

- Venha, ele está á sua espera.

Ele, então, ajoelha-se á sua frente, em um banquinho de madeira, e leva logo com uma baforada de cachimbo na cara.Não consegue entender nada do que fala a entidade, pois é um tal “mi zi fio” e “mi zi fio” para cá e para lá, e nada......não entende nada mesmo. Finalmente, um Cambono percebe o embaraço em que se encontra e, traduz tudo aquilo que o Preto Velho falou.

Após alguma conversa com a entidade, ele fica a saber que é médium e que necessita de se vestir de branco para começar a trabalhar no terreiro. Se ele for uma pessoa vaidosa, vai pensar:

“Que bom, sou médium”. Mas se é uma pesssoa humilde, pensa: “E agora? O que é que eu faço com isto?”

Mais tarde, o cambono explica-lhe que, ao começar a trabalhar no terreiro, a sua vida irá melhorar gradualmente.

Como ele já passou por vários lugares e nada mais tem a perder, concorda com a idéia e, na semana seguinte, já começa os seu trabalho de Desenvolvimento Mediúnico.

Após algum tempo de trabalho espiritual, tal como cambonear as Entidades, e desenvolvendo a sua mediunidade, ele sente a sua vida mais equilibrada e quando menos espera ajoelha-se, bate no peito e grita. Ocorre nesse momento, a sua primeira incorporação. Passa o tempo e ele servindo de “cavalo” ás suas entidades, começa a aprender o porquê da ritualística, e começa a entender melhor a Doutrina Umbandista.

Num tempo inesperado, e realiza o grande ritual do Bori e assenta as suas Entidades e começa a dar consultas e passes mediúnicos.Cada vez mais, as suas Entidades são procuradas pelos asssitentes. Começa então o seu maior problema; os ciumes de alguns médiuns mal preparados mental e espiritualmente.

Um dia, um desses Médiuns, chega ao pé da Pai de Santo e diz: “Ele,  está a querer o teu lugar”.

A Pai de Santo determina, então muito democráticamente: “ A partir de hoje, cada médium só pode dar três consultas”. A situação torna-se cada vez mais complicada e totalmente insustentável e um dia ele pega na imagem da sua entidade e, se depara que está fora do terreiro.

Vai para casa, coloca a imagem em cima do armário do seu quarto e, se é mulher, deita-se e chora a noite inteira; se é homem, fala meia duzia de palavrões, jura que nunca mais volta a incorporar e pensa que os seus problemas acabaram. Grande Engano: é aí que eles começam.

Alguns assistentes que se consultavam com as suas Entidades ficam preocupados com a sua ausência e começam a indagar o seu paradeiro.

Alguém chega a estas pessoas e diz:”Olha, ele não trabalha mais aqui, mas sei aonde ele mora”. Começa então uma romaria a casa do médium e essas pessoas pedem-lhe que os ajude, pois estavam a ser consultadas pelas suas Entidades e os trabalhos ficaram pela metade.Pedem então que o médium incorpore pelo menos uma vez para terminar o trabalho que tinha sido começado.

O médium tira a imagem de cima do armário e, ali mesmo, na sala ou na cozinha, incorpora as Entidades para atender aquelas pessoas.

A procura pelo médium torna-se cada vez mais intensa e os trabalhos passam a ser realizados na garagem. Nessa altura, alguém mais preocupado diz: “Vamos abrir um terreiro”.

E sem entender nada, a sua missão estava realmente a começar......!

 

Texto adaptado do livro"Iniciação á Umbanda" de Ronaldo Antonio Linares, Diamantino Fernandes Trindade e Wagner Veneziani costa - Editora Madras

publicado por Pai Pedro de Ogum às 16:06
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