No dia 13 de Setembro, o Templo Sagrado de Umbanda vai realizar a Grande Louvação a Yemanjá.
Este Ritual de Amaci é um Ritual Umbandista, onde anualmente os médiuns, assistentes e visitantes e simpatizantes da Umbanda realizam as suas Oferendas a Yemanjá.
VENHA PARTICIPAR NESTE RITUAL
VENHA CONSAGRAR A SUA IMAGEM DE YEMANJÁ
O Ritual vai decorrer na Praia de Alfarim-Sesimbra
LOCAL DE CONCENTRAÇÃO
Templo Sagrado de Umbanda
Rua Pero Escobar Lote 2989 - Quinta do Conde
Telf:: 212105467 ou 918989500
Horário da Chegada ao Templo: 14:00h
Horário de Partida para o Ritual: 14:30h
Local do Ritual
Praia de Alfarim - Sesimbra - Aldeia do Meco
(Praia ao lado direito da Praia do Meco)
NOTA IMPORTANTE
Venha de COR BRANCA e traga flores brancas - Não se esqueça de trazer uma muda de roupa e toalha.
Ser Umbandista é amar a Deus acima de todas as coisas!!!
Ser Umbandista é amar a natureza e respeitá-la, pois Deus está lá!!!
Ser Umbandista é reconhecer que os Orixás são Potências de Deus, Divindades, que manifestam as qualidades do Criador de tudo e de todos!!!
Ser Umbandista é ser amante da sabedoria, da virtude, da justiça e da humanidade!!!
Ser Umbandista é ser amigo dos pobres, dos desgraçados que sofrem, dos que choram, dos que têm fome e clamam pelo direito de justiça!!!
Ser Umbandista é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano!!!
Ser Umbandista é levar para o terreno prático, aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens de todas as raças, desde o alto de uma cruz e com os braços abertos ao mundo: “Amai-vos uns
aos outros, formai uma só família, sede irmãos!!!
Ser Umbandista é pregar a tolerância; praticar a caridade sem distinção de raças, crenças ou opiniões, é lutar contra a hipocrisia e o fanatismo!!!
Ser Umbandista é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos encarnados o mesmo respeito que se dedica aos desencarnados!!!
Ser Umbandista é ter uma crença religiosa sem tabus ou preconceitos, fundamentada na ética e no bom senso, sem ferir os valores dos bons costumes!!!
Ser Umbandista é respeitar a máxima que diz “somos imagem e semelhança de Deus”, vendo Deus na presença do semelhante e em nós, através de nossas virtudes de Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração!!!
Ser Umbandista é dar de graça o que de graça recebemos!!!
As Senhoras do Pássaros da Noite – Quando se pronuncia o nome de Iyá-Mi Osorongá, quem estiver sentado deve-se levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois se trata de temível Orixá, a quem se deve apreço e acatamento.
- Jorge Amado -
Iyá-Mi Osorongá é a síntese do poder feminino, claramente manifestado na possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo. Quando os Iorubas dizem “nossas mães queridas” para se referirem às Iyá Mi, tentam, na verdade, apaziguar os poderes terríveis dessa entidade.
Donas de um axé tão poderoso como o de qualquer Orixá, as Iyá-Mi tiveram o seu culto difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de Março e Maio, que antecedem o início das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade.
As iyá-Mi tornaram-se conhecidas como as senhoras dos pássaros e a sua fama de grandes feiticeiras associou-as à escuridão da noite; por isso também são chamadas Eleyé, e as corujas são os seus principais símbolos.
A sua relação mais evidente é com o poder genital feminino, que é o aspecto que mais aproxima a mulher da natureza, ou seja, dos acontecimentos que fogem à explicação e ao controle humano. Toda a mulher é poderosa porque guarda um pouco da essência das Iyá-Mi; a capacidade de gerar filhos, expressa nos órgãos genitais femininos, assustou sempre os homens.
As mães são compreendidas como a origem da humanidade e o seu grande poder reside na decisão que tomar sobre a vida de seus filhos. É a mãe que decide se o filho deve ou não nascer e, quando ele nascer, ainda decide se ele deve viver.
Iyá-Mi é a sacralização da figura materna, por isso o seu culto é envolvido por tantos tabus. O seu grande poder deve-se ao fato de guardar o segredo da criação. Tudo o que é redondo remete ao ventre e, por consequência, às Iyá-Mi. O poder das grandes mães é expresso entre os orixás por Oxum, Iemanjá e Nanã Buruku, mas o poder de Iyá-Mi é manifesto em toda a mulher, que, não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu.
As denominações de Iyá-Mi expressam as suas características terríveis e mais perigosas e por essa razão os seus nomes nunca devem ser pronunciados; mas quando se disser um dos seus nomes, todos devem fazer reverencias especiais para aplacar a ira das Grandes Mães e, principalmente, para afugentar a morte.
As feiticeiras mais temidas entre os Iorubas e no Candomblé são as Àjé e, para se referir a elas sem correr nenhum risco, diga apenas Eleyé, Dona do Pássaro.
O aspecto mais aterrador das Iyá-Mi e o seu principal nome, com o qual se tornou conhecida nos terreiros, é Osorongá, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro do mesmo nome e rompe a escuridão da noite com o seu grito assustador.
As Iyá-Mi são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte. Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas no seu aspecto benfazejo, são o grande ventre que povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo o tipo de maldição e tornam-se senhoras da morte.
O lado bom de Iyá-Mi é expresso em divindades de grande fundamento, como Apaoká, a dona da jaqueira, a verdadeira mãe de Oxóssi. As Iyá-Mi, juntamente com Exú e os ancestrais, são evocadas nos ritos de Ipadé, um complexo ritual que, entre outras coisas, ratifica a grande realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem a vida, integrarão o corpo das Iyá-Mi, que são, na verdade, as mulheres ancestrais.